domingo, setembro 10, 2006

Uma perspectiva diferente

A Federação Nacional de Motociclismo é a entidade responsável pela organização de todos os Campeonatos Nacionais realizados em motos : Motocross, Velocidade, Enduro, TT, Trial, supermoto, stunt ride, supercross, para além destas modalidades disputadas sobre a forma de Campeonatos Nacionais, engloba ainda o mototurismo que não tem competição formal e realiza actividades tais como: concentrações e moto ralies.
Devido ao seu caracter multidisciplinar a FNM divide-se em comissões onde são delegadas responsabilidades de gestão (de caracter desportivo e outras) para cada modalidade, grupo de modalidades, ou actividades a desenvolver.
À semelhança das outras Federações, a eleição dos corpos sociais, a aprovação dos relatórios de contas e do plano anual de actividades é feito em Assembleia Geral. Se analisarmos atentamente a lista de clubes filiados na FNM, como tal participantes na sua Assembleia Geral, verificamos que grande parte deles se dedica ao mototurismo, cujo principal objectivo é organizar atividades para promover o convívio entre os amantes das duas rodas. Actividades essas que necessitam de alguma disponibilidade financeira.
Face a este cenário é natural que com o peso que estes clubes tem na Assembleia Geral da FNM, a eleição dos corpos socias, a aprovação do relatório de contas, a aprovação do plano anual de actividades seja condicionada pela defesa dos seus interesses.
Assim, tendo em consideração a evolução do enduro na última decada é urgente que seja criada a Federação Nacional de Enduro, onde todos os seus associados (pilotos) elegeriam os responsáveis por gerir e dinamizar os campeonatos (nacionais e regionais) e outras actividades destinadas à promoção e/ou valorização da modalidade.

terça-feira, maio 16, 2006

Selecção de Juniores

A aposta na formação de jovens pilotos é o caminho ideal para o desenvolvimento da modalidade. A formação deverá ter como objectivo, para além de dotar os pilotos com técnica e táctica específica da modalidade, melhorar os seus conhecimentos acerca da elevação e manutenção da aptidão física, de mecânica, sobre a estruturação de uma equipa, acerca da dieta diária, de competição e de recuperação, etc.
Tal aposta só tem sentido se houver: definição de objectivos, calendarização e avaliação.
Na minha opinião, a inscrição de uma equipa de juniores "patrocinada" pela FNM no Campeonato Mundial de Enduro (ou em parte dele), faria sentido se os pilotos que a integram estivessem a disputar o Campeonato Nacional na Elite, pois não encontro qualquer justificação para proporcionar a pilotos a participação nas provas de melhor nível do mundo, quando em Portugal participam em num Campeonato com grau de exigência médio. Também se deveriam realizar estágios regulares (devidamente calendarizados), visando não só a formação mas também a avaliação dos pilotos a nível técnico, cognitivo, físico, etc, que evitariam que os verdadeiros responsáveis por tal descalabro, tentem sacudir a água do capote com declarações infelizes como as que lemos no Fozmotor acreca da participação do Bruno Alvarinhas, " E o Bruno estava avisado que a prova iria ser dura e notou-se que a preparação foi de facto má. É mesmo má!!!.
Sugeria que no próximo ano, se a FNM tiver verba disponivel, crie novamente uma selecção de juniores mas para disputar o Campeonato Nacional de Elite, com critérios objectivos na selecção dos seus participntes, com uma estrutura bem organizada, com estágios regulares e eventualmente com uma participação numa Prova do Campeonato do Mundo.

segunda-feira, abril 24, 2006

Reposição do Post do Gazafundo sobre reconhecimento das especiais

Todos os pilotos de ralie reconhecem a grande importância do co-piloto (navegador) pois é graças a ele que sabem as características e os acidentes do terreno de cada classificativa.
Nas provas de Enduro não é possível levar um navegador por isso cabe ao piloto “decorar” o melhor possível as especiais de cada prova. O conhecimento aprofundado de cada especial poderá determinar a classificação no enduro pois ao saber qual a melhor trajectória em cada curva, onde travar, etc, o piloto ganhará certamente muitos segundos.
Seguidamente apresento uma sugestão para que o reconhecimento das especiais seja mais aprofundado.
1 – Reconhecer, uma primeira vez, todas as especiais da prova.
2 – Antes de fazer o reconhecimento das especiais pela segunda vez (no carro ou na carrinha), tentem visualizar a especial e façam um croqui (desenho) dela. Nesse croqui assinalem detalhes relevantes, tais como, melhores trajectórias (curvar por fora, curvar por dentro, pedras, raízes, etc).
3 - Ao fazerem o segundo reconhecimento, levem o croqui e verifiquem se o traçado desenhado e os detalhes assinalados estão correctos, se é necessário assinalar ou corrigir algum detalhe. Utilizem o mesmo procedimento para as outras especiais.
4 – Se Tiverem tempo para uma terceira volta pelas especiais, antes de reconhecerem cadauma, fechem os olhos e tentem visualizar a especial em questão depois confrontem a imagem que tem da especial com o croqui. Se tiverem algum ponto da especial menos claro, ao reconhecer a especial incidam especial atenção nesse ponto ou zona.
5 – No espaço de tempo entre o jantar e o deitar tentem novamente visualizar cada especial e depois verifiquem se está de acordo com o croqui feito.
6 – Repitam o procedimento após o pequeno-almoço.
7 - Durante a prova, antes de entrar em qualquer das especiais, fechem os olhos, tentem visualizar toda a especial e quais as trajectórias e acções mais indicadas em cada ponto da classificativa.

Brevemente será colocado no Subtema "Melhorar a performance" do http://parquefechado.planetaclix.pt/

sábado, abril 22, 2006

http://parquefechado.planetaclix.pt/

A página http://parquefechado.planetaclix.pt/ , sofreu algumas alterações estéticas. Durante os próximos tempos completarei os subtemas aí colocados e colocarei um novo dedicado ao treino e outros factores inportantes para a melhoria da performance na modalidade.
Se desejarem tecer algum comentário ou sugestão, façam-o neste blog.

sexta-feira, abril 07, 2006

A Formação

Actualmente, é universalmente aceite que o investimento na formação (científica,técnica, desportiva,etc), é uma mais valia, uma vez que os formandos melhorarão o desempenho nas funções para as quais lhe foi menistrada formação. Este facto é facilmente ilustrado pelas elevadas somas que são atribuídas anualmente pelos fundos comunitários para esse fim.
Nas modalidades desportivas tradicionais (Futebol, Voleibol, Andebol, etc), já há vários anos que se realiza com alguma frequência, e com grande abrangência geografica, eventos direccionados para a formação dos vários agentes relacionados com as modalidades (treinadores, dirigentes, médicos, etc). Essa aposta na formação, foi um dos factores determinantes para elevar o nível qualitativo dos nossos atletas, com resultados mais do que comprovados em modalidades como o Futebol, o Basquetebol, o Andebol, Voleibol, o Judo, a Canoagem, etc.
Infelizmente, no Enduro e no Todo o Terreno os poucos eventos que se realizam, são estágios, de componente essencialmente prática e que se destinam aos pilotos da selecção nacional, a pilotos portadores de licensa desportiva ou algumas iniciativas abertas a todos os interessados mas realizados em locais e com preços só acessiveis para alguns (poucos).
À semelhença do que se passa nas outras modalidades, a FNM terá que dar um passo em frente e apostar na formação dos pilotos (uma vez que, tanto quanto sei, até ao momento ainda não temos estruturas direccionadas para o treino de pilotos).
Quem participa ou já participou em provas, certamente se recordará das dificuldades que teve na primeira corrida que participou, não saber quando é que pode entrar no parque fechado, quando pode entrar para a especial, onde parar antes do CH, etc.
Assim, para todos os que estão a começar ou pretendem iniciar-se na competição, seriam organizadas acções de formação de âmbito regional. Esses eventos teriam como objectivo informar sobre o que é o Enduro, quais os seus principais regulamentos, algumas considerações sobre técnica de condução, noções básicas de mecânica, etc. Este seria unicamente teórico, com apoio audiovisual, e como oradores seriam convidados os pilotos consagrados da região.Este formato,possibilita a prática de preços reduzidos ( ou até mesmo grátis) , uma vez que não tendo componente prática, a acção não necessita da celebração de um contrato de seguro.
Para os pilotos que já praticam a modalidade há algum tempo e pretendem melhorar a sua performance (promoção e verdes), realizar-se-iam acções de formação teórico-práticas. Estas teriam uma grande componente prática quer ao nível da técnica de condução quer ao nível da mecânica (afinação e selecção de componentes), seriam também abordado o treino com e sem moto, a alimentação, optimização de recursos Assistência), etc. Para menistrar estes cursos seriam convidados os melhores pilotos nacionais, os dirigentes das melhores estruturas nacionais, especialistas em treino desportivo, especialistas em psicologia desportiva, Fisioterapeutas, Medicos etc.
Por último, destinado aos pilotos de nível internacional e aos directores das estruturas desportivas, realizar-se-ia um evento anualmente com o formato do descrto anteriormente mas menistrados pelos melhores especialistas mundiais nas várias áreas.

quarta-feira, março 22, 2006

Do fundo do Bau

Nas arrumações que estou a fazer em casa descobri esta foto que remonta a 1978, tinha na altura 14 anos. A sua descoberta trouxe-me a nostalgia desses anos, em que o Enduro era inexistente em Portugal e nem sequer imaginava que faziam desse tipo de provas no mundo.
A moto, melhor dizendo a motorizada, Motalli (já não me recordo do modelo) comprei-a em segunda mão ao Sérgio Oliveira, agora dedicado à velocidade em automóveis.
Nas tardes das férias escolares, sempre na companhia do saudoso amigo Alexandre Mendonça com a sua Masac (com motor casal), calcorreavamos os caminhos e trilhos do monte da S. Marta das Cortiças, sem saber bem porquê. Mal sabiamos que era o alojar de um bichinho, do qual já mais nos livrariamos. Por vezes, iamos para uma pista de motocross que havia na altura, sem qualquer equipamento e partiamos frequentemente o quadro e os amortecedores de trás (nessa altura as motos ainda tinham dois amortecedores verticais atrás e a técnica de recepção dos saltos era: cair primeiro com a roda de trás).
Dois anos depois, tinhamos cada um, uma Gillera hp 50, a minha comprei-a ao meu amigo Artur, enquanto que a do Alexandre tinha sido "herdada" dos irmãos mais velhos.

sexta-feira, março 17, 2006

A Organização da Entidade promotora da Modalidade

1. A integração da Comissão de Enduro (não seria mais apropriado chamar-se comissão de todo-o-tereno, pois este engloba o Enduro e não o contrário) na Federação Nacional de Motociclismo é benéfico para o desenvolvimento das modalidades (Enduro, Todo-o-Terreno e Cross Country)?
2. O actual modelo de organização do Todo-o-Terreno promovem a modalidade ?

No que respeita à primeira questão, penso que a inclusão da Comissão de Enduro numa federação que engloba além desta, outras vertentes do motociclismo (motocross, Velocidade, Trial, concentações(???)), só lhe é prejudicial, pois apesar dos esforços desenvolvidos e do número de praticantes, o Todo-oTerreno é a modalidade com menos visibilidade, devido às suas características, traduzindo-se em pouco retorno publicitário. Daí que a sua expressão dentro da federação seja reduzida e os meios disponibilizados para esta sejam insuficientes para delinear estratégias que desenvolvam a modalidade de acordo com o potencial que tem.
Sou apologista da criação da Federação Portuguesa de Todo o Terreno, que englobaria 5 Associações de Todo-o-Terreno (Norte, Centro, Sul, Madeira e Açores).
Há inúmeros jovens com vontade de participar em provas de todo o terreno, a prova disso, são as várias corridas piratas que se realizam por todo o país e com elevado número de participantes. Porque é que participam nessas corridas, com organizações, que muitas vezes, colocam em risco a integridade física dos pilotos, em vez de participarem nos campeonatos nacionais?
A razão é só uma, por factores económicos. As várias modalidades do motociclismo são caras pois à partida o praticante terá que adquirir uma moto, meter gasolina (que está bastante cara) e comprar o equipamento que lhe garanta o mínimo de segurança (igualmente caro). Este factor impede que qualquer um pratique a modalidade. Se a estes custos lhe somarmos despesas com Licença desportiva, deslocações e alimentação, a modalidade passa a ser acessível a uma pequena percentagem da população.Para o engrandecimento da modalidade, tem que haver um esforço para que esta seja acessível a um maior número de praticantes, para que tal aconteça, é imperativo que a sua prática seja menos dispendiosa. A criação de campeonatos regionais de cross-country, de rampas, subidas impossíveis, etc, seria uma forma de permitir aos jovens praticantes participar em competições com reduzidos custos. Desta forma, teriam a oportunidade de mostrar o seu valor e conseguir patrocínios que lhes permitam em anos futuros participar nos Campeonatos Nacionais. Assim aumentava-se o número de participantes e melhorava-se a qualidade dos pilotos.
A formação de Associações Regionais levaria também à descentralização da gestão em termos organizativos, desportivos e formativos e à rentabilização de recursos. Essas entidades ficariam responsáveis não só pela organização dos campeonatos regionais mas teriam um papel muito importante na formação de pilotos e oficiais de prova. Durante o ano, promoveriam cursos de formação de oficiais de prova e recorrendo ao "know how" dos pilotos da região (os que ainda estão em actividade e os que pelo seu passado desportivo poderão contribuir para o enriquecimento dos jovens).
Contribuam. Deixem ficar um comentário no espaço reservado para o efeito.
Obrigado.

Informação

Doravante, estes blog destinar-se-à à discussão de temas relacionados com o Todo-o-Terreno.
Assim, para colocar os textos aqui públicados até ao momento, criei a página: http://parquefechado.planetaclix.pt/ , esta mais vocacionada para informação e formação de pilotos e praticantes da modalidade.