quarta-feira, março 22, 2006

Do fundo do Bau

Nas arrumações que estou a fazer em casa descobri esta foto que remonta a 1978, tinha na altura 14 anos. A sua descoberta trouxe-me a nostalgia desses anos, em que o Enduro era inexistente em Portugal e nem sequer imaginava que faziam desse tipo de provas no mundo.
A moto, melhor dizendo a motorizada, Motalli (já não me recordo do modelo) comprei-a em segunda mão ao Sérgio Oliveira, agora dedicado à velocidade em automóveis.
Nas tardes das férias escolares, sempre na companhia do saudoso amigo Alexandre Mendonça com a sua Masac (com motor casal), calcorreavamos os caminhos e trilhos do monte da S. Marta das Cortiças, sem saber bem porquê. Mal sabiamos que era o alojar de um bichinho, do qual já mais nos livrariamos. Por vezes, iamos para uma pista de motocross que havia na altura, sem qualquer equipamento e partiamos frequentemente o quadro e os amortecedores de trás (nessa altura as motos ainda tinham dois amortecedores verticais atrás e a técnica de recepção dos saltos era: cair primeiro com a roda de trás).
Dois anos depois, tinhamos cada um, uma Gillera hp 50, a minha comprei-a ao meu amigo Artur, enquanto que a do Alexandre tinha sido "herdada" dos irmãos mais velhos.

sexta-feira, março 17, 2006

A Organização da Entidade promotora da Modalidade

1. A integração da Comissão de Enduro (não seria mais apropriado chamar-se comissão de todo-o-tereno, pois este engloba o Enduro e não o contrário) na Federação Nacional de Motociclismo é benéfico para o desenvolvimento das modalidades (Enduro, Todo-o-Terreno e Cross Country)?
2. O actual modelo de organização do Todo-o-Terreno promovem a modalidade ?

No que respeita à primeira questão, penso que a inclusão da Comissão de Enduro numa federação que engloba além desta, outras vertentes do motociclismo (motocross, Velocidade, Trial, concentações(???)), só lhe é prejudicial, pois apesar dos esforços desenvolvidos e do número de praticantes, o Todo-oTerreno é a modalidade com menos visibilidade, devido às suas características, traduzindo-se em pouco retorno publicitário. Daí que a sua expressão dentro da federação seja reduzida e os meios disponibilizados para esta sejam insuficientes para delinear estratégias que desenvolvam a modalidade de acordo com o potencial que tem.
Sou apologista da criação da Federação Portuguesa de Todo o Terreno, que englobaria 5 Associações de Todo-o-Terreno (Norte, Centro, Sul, Madeira e Açores).
Há inúmeros jovens com vontade de participar em provas de todo o terreno, a prova disso, são as várias corridas piratas que se realizam por todo o país e com elevado número de participantes. Porque é que participam nessas corridas, com organizações, que muitas vezes, colocam em risco a integridade física dos pilotos, em vez de participarem nos campeonatos nacionais?
A razão é só uma, por factores económicos. As várias modalidades do motociclismo são caras pois à partida o praticante terá que adquirir uma moto, meter gasolina (que está bastante cara) e comprar o equipamento que lhe garanta o mínimo de segurança (igualmente caro). Este factor impede que qualquer um pratique a modalidade. Se a estes custos lhe somarmos despesas com Licença desportiva, deslocações e alimentação, a modalidade passa a ser acessível a uma pequena percentagem da população.Para o engrandecimento da modalidade, tem que haver um esforço para que esta seja acessível a um maior número de praticantes, para que tal aconteça, é imperativo que a sua prática seja menos dispendiosa. A criação de campeonatos regionais de cross-country, de rampas, subidas impossíveis, etc, seria uma forma de permitir aos jovens praticantes participar em competições com reduzidos custos. Desta forma, teriam a oportunidade de mostrar o seu valor e conseguir patrocínios que lhes permitam em anos futuros participar nos Campeonatos Nacionais. Assim aumentava-se o número de participantes e melhorava-se a qualidade dos pilotos.
A formação de Associações Regionais levaria também à descentralização da gestão em termos organizativos, desportivos e formativos e à rentabilização de recursos. Essas entidades ficariam responsáveis não só pela organização dos campeonatos regionais mas teriam um papel muito importante na formação de pilotos e oficiais de prova. Durante o ano, promoveriam cursos de formação de oficiais de prova e recorrendo ao "know how" dos pilotos da região (os que ainda estão em actividade e os que pelo seu passado desportivo poderão contribuir para o enriquecimento dos jovens).
Contribuam. Deixem ficar um comentário no espaço reservado para o efeito.
Obrigado.

Informação

Doravante, estes blog destinar-se-à à discussão de temas relacionados com o Todo-o-Terreno.
Assim, para colocar os textos aqui públicados até ao momento, criei a página: http://parquefechado.planetaclix.pt/ , esta mais vocacionada para informação e formação de pilotos e praticantes da modalidade.