sexta-feira, abril 07, 2006

A Formação

Actualmente, é universalmente aceite que o investimento na formação (científica,técnica, desportiva,etc), é uma mais valia, uma vez que os formandos melhorarão o desempenho nas funções para as quais lhe foi menistrada formação. Este facto é facilmente ilustrado pelas elevadas somas que são atribuídas anualmente pelos fundos comunitários para esse fim.
Nas modalidades desportivas tradicionais (Futebol, Voleibol, Andebol, etc), já há vários anos que se realiza com alguma frequência, e com grande abrangência geografica, eventos direccionados para a formação dos vários agentes relacionados com as modalidades (treinadores, dirigentes, médicos, etc). Essa aposta na formação, foi um dos factores determinantes para elevar o nível qualitativo dos nossos atletas, com resultados mais do que comprovados em modalidades como o Futebol, o Basquetebol, o Andebol, Voleibol, o Judo, a Canoagem, etc.
Infelizmente, no Enduro e no Todo o Terreno os poucos eventos que se realizam, são estágios, de componente essencialmente prática e que se destinam aos pilotos da selecção nacional, a pilotos portadores de licensa desportiva ou algumas iniciativas abertas a todos os interessados mas realizados em locais e com preços só acessiveis para alguns (poucos).
À semelhença do que se passa nas outras modalidades, a FNM terá que dar um passo em frente e apostar na formação dos pilotos (uma vez que, tanto quanto sei, até ao momento ainda não temos estruturas direccionadas para o treino de pilotos).
Quem participa ou já participou em provas, certamente se recordará das dificuldades que teve na primeira corrida que participou, não saber quando é que pode entrar no parque fechado, quando pode entrar para a especial, onde parar antes do CH, etc.
Assim, para todos os que estão a começar ou pretendem iniciar-se na competição, seriam organizadas acções de formação de âmbito regional. Esses eventos teriam como objectivo informar sobre o que é o Enduro, quais os seus principais regulamentos, algumas considerações sobre técnica de condução, noções básicas de mecânica, etc. Este seria unicamente teórico, com apoio audiovisual, e como oradores seriam convidados os pilotos consagrados da região.Este formato,possibilita a prática de preços reduzidos ( ou até mesmo grátis) , uma vez que não tendo componente prática, a acção não necessita da celebração de um contrato de seguro.
Para os pilotos que já praticam a modalidade há algum tempo e pretendem melhorar a sua performance (promoção e verdes), realizar-se-iam acções de formação teórico-práticas. Estas teriam uma grande componente prática quer ao nível da técnica de condução quer ao nível da mecânica (afinação e selecção de componentes), seriam também abordado o treino com e sem moto, a alimentação, optimização de recursos Assistência), etc. Para menistrar estes cursos seriam convidados os melhores pilotos nacionais, os dirigentes das melhores estruturas nacionais, especialistas em treino desportivo, especialistas em psicologia desportiva, Fisioterapeutas, Medicos etc.
Por último, destinado aos pilotos de nível internacional e aos directores das estruturas desportivas, realizar-se-ia um evento anualmente com o formato do descrto anteriormente mas menistrados pelos melhores especialistas mundiais nas várias áreas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sim, parquefechado, tens razão em tudo o q dizes. Apenas acho q isto é tudo mto teórico e difícil de colocar em práctica.
E o problema é este: falta de capital.

Vejamos, começas por dizer q "nas modalidades desportivas tradicionais (Futebol, Voleibol, Andebol, etc)" realiza-se, com frequência, cursos de formação, e q mto capital para esse fim é proveniente dos fundos comunitários.
Mas isto, como dizes, e bem, são modalidades tradicionais, com mta popularidade e q podem ser praticadas por atletas de todas as classes sócio-económicas.
Já com o Enduro e o TT n se passa isto, pois são desportos caros e q n são para o bolso de qualquer um. Logo, n estou a ver capital proveniente de fundos comunitários, por exemplo, ser destinado a estes desportos (q n são modalidades populares).

Daí q penso q, para existir formação em Enduro e TT, essa formação tem q ser paga pelo próprio formando.
O próprio formando é q tem q se mentalizar q, caso n tenha capital próprio, deve poupar para ter capacidade para investir na formação.
Ou seja, em vez de ir treinar todos os fins de semana, poupa dinheiro para poder participar num curso de formação, pois isso será mto benéfico para ele (bom investimento).

Filipe Coelho

vma disse...

Filipe,
Antes de mais, quero cumprimentar-te e manifestar o meu agrado pelo teu comentário.
Interpretaste mal uma parte do texto, porque não digo ou não pretendo dizer que nas modalidades tradicionais a formação é paga com fundos comunitários.
No primeiro tipo de acções que menciono, os seus custos são reduzidos, uma vez que só serão necessárias verbas para pagar o auditório e a publicidade (cartazes) porque os prelectores, à partida terão interesse em participar sem encargos nesse tipo de eventos porque lhe proporcionarão visibilidade e consequentemente mais facilidade em conseguir patrocinios. Por outro lado, as empresas que comercializam material relacionado com esta actividade também lhes interessa patrocionar este tipo de eventos, uma vez que grande parte da sua população alvo estará a assistir.

Um abraço

Vasco